segunda-feira, 7 de novembro de 2011

difícil é para os que sonham. 
cegos, acreditam que depois do pulo vem o voo, o vento. 
mas não, no fim da queda vem sempre o solo. 
duro, frio. 
sempre chega o vazio que é o baque de um corpo no chão. 
e têm medo de descumprir promessas, acabar com as ilusões. 
quebrar os espelhos rachados, de uma vez por todas.
depois da queda, sabem que verão o sangue quente espalhar-se a toda volta. 
e é isso o que desejam. 
agora que o sonho acabou, que venha a lâmina. 
que venham as lágrimas, a dor. 
que venha o calor nas veias e o ardor na pele. 
e então, finalmente... 
que venha o silêncio.

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